Nos países africanos lusófonos, a poesia foi produto direto da relação entre a palavra e o chão histórico de onde ela brotava.
O caso de Agostinho Neto é exemplar: foi o líder central na luta pela independência de Angola, mantendo, como cidadão e poeta, uma postura firmemente engajada, chegando, em 1975, nada menos que ao posto de primeiro presidente da história de seu país.
Retirei o texto abaixo (Certeza) da coletânea Poemas de Angola (Editora Codecri, 1975). É o primeiro livro de Agostinho Neto publicado no Brasil, com prefácio de Jorge Amado, autor que foi referência fundamental para angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos e toda a literatura luso-africana engajada.
Faço questão de reproduzir algumas palavras do prefácio, cujo tom eufórico traduz bem o sentimento da época:
“Tomei a máquina de escrever para traçar algumas considerações literárias, pequeno prefácio à edição brasileira de uma coletânea de poemas de Agostinho Neto e acabei por…
View original post 329 more words
2 responses to “Agostinho Neto, poeta angolano”
Non solo poeta, e grande: padre dell’Angola indipendente e solidale… socialista, aggiungo (anche se oggi suona quasi come una bestemmia, ma per me non lo è).
LikeLike
è vero, oggi potrebbe essere non ben inteso, ma sì, socialista, nessuna bestemmia : )
LikeLike